FRUIÇÃO E ESCRITA II ENJOYMENT AND WRITING

Biodiversidade e Tradição: Plantas


Brasília, DF
City built in Cerrado region

A região do Cerrado e suas riquezas naturais.
Ervas medicinais e Biodiversidade.

Biodiversity and Tradition: Brazilian Herbs (Use Translator, please)

Os novos rumos para a conservação e preservação são marcados por uma mudança de postura diante do conhecimento e práticas das comunidades locais. A valorização dos conhecimentos de caiçaras, camponeses, caboclos e índios, passa por uma revisão da própria comunidade científica em relação à imagem da ciência como a única que detém o poder de indicar os caminhos da conservação. Além disso, os cientistas estão buscando construir um novo cenário teórico e metodológico que possa compreender as comunidades locais o mais próximo possível da lógica delas. Para essas comunidades a natureza é o lugar onde vivem, herdado dos antepassados e sujeito a transformações decorrentes de ações humanas e sobrenaturais, visão que não está baseada na dualidade cultura-natureza que influenciou várias linhas de pensamento conservacionistas.

O diálogo entre o conhecimento científico e o conhecimento dos povos tradicionais aparece como um elemento essencial para a produção de novos conhecimentos e transformação das práticas científicas e políticas de conservação. Porém, como ressaltam muitos especialistas, ao contrário do que pensam alguns conservacionistas, trata-se muito mais de administrar visões e interesses humanos, muitas vezes opostos, do que manejar processos naturais.

O diálogo entre conhecimentos pressupõe diálogo entre seres humanos, e o reconhecimento de que estas comunidades tradicionais apresentam peculiaridades em sua forma de ver o mundo e manifestá-lo na linguagem. A personificação da natureza, ou seja, a atribuição de características ditas humanas a elementos como o mar, vento, plantas faz parte da forma como muitas comunidades sentem e conhecem a natureza e interferem no seu relacionamento com o meio natural.

Nesse contexto, no Brasil, são importantes os conhecimentos tradicionais dos povos que vivem na região do Cerrado. Estão reunidos a seguir alguns exemplo de conhecimentos da medicina tradicional do Cerrado (*):

– Perobinha-do-cerrado – Acosmium dasycarpum (Vog.) Yakov – Fabaceae.
Uso: o chá das folhas é usado como diurético
– Catuaba ou cataúba – Anemopaegma arvense (Vell.) Stell. – Bignoniaceae
Uso: folhas e raízes usadas para aumentar a potência sexual.
– Carqueja, carqueja-folhuda, charruinha – Bacharus trimera (Less.)A.DC. – Asteraceae.
Uso: planta usada como febrífugo e diurético.
– Mamacadela, cerinha – Brosimum gaudichaudii Tréc. – Moraceae
Uso: as raízes fervidas e espremidas são empregadas no combate ao vitiligo.
– Pequizeiro, piqui, pequi-do-cerrado – Caryocar brasiliensis CAmb – Caryocaraceae
Uso: a polpa branca do fruto é usada no combate a gripe e resfriado.
– Espelina-falsa, vagina-do -campo – Clitoria guianensis Benth – Fabaceae
Uso: o chá das raízes e sementes da planta é usado nas cistites e uterites.
– Alcanforreira, pé-de-perdiz, erva-mular, erva-curraleira – Croton antisyphiliticus Mart. – Euphorbiaceae
Uso: o chá das folhas é usado no combate ás doenças venéreas, erupções na pele, úlceras.
– Mangaba – Hancornia speciosa Gómez – Apocynaceae
Uso: a infusão de cascas, em forma de banhos, é usada no combate de dermatoses.
– Capim-gordura, capim-meloso, capim-catingueiro, capim-melado, capim-gordo –
Melinis minutiflora Beauv. – Poaceae
Uso: o chá das raízes e sementes é empregado como diurético e antidiarréico
– Casca-amarela, quineira-branca, quina-do-campo – Strychnos pseudoquina St. Hil. – Loganiaceae
Uso: o chá da casca do caule é usado como antifebrífugo e antimalárico.

Diversidade biológica é a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte. Compreende, ainda, a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas.

A Biodiversidade é uma das propriedades fundamentais da natureza, responsável pelo equilíbrio e estabilidade dos ecossistemas, e fonte de imenso potencial de uso econômico. A biodiversidade é a base das atividades agrícolas, pecuárias, pesqueiras e florestais e, também, a base para a estratégica indústria da biotecnologia.

Luiz Ramos©

Foto: ramosforest©

(*) Fonte: Plantas Medicinais – Josafá Carlos de Siqueira, SJ – Ed. Loyola – São Paulo – 1988.

outubro 2, 2008 Posted by | biodiversidade, biodiversity, ervas medicinais, herbs, tradição | Deixe um comentário

Biodiversidade e Tradição: Plantas


Brasília, DF
City built in Cerrado region

A região do Cerrado e suas riquezas naturais.
Ervas medicinais e Biodiversidade.

Biodiversity and Tradition: Brazilian Herbs (Use Translator, please)

Os novos rumos para a conservação e preservação são marcados por uma mudança de postura diante do conhecimento e práticas das comunidades locais. A valorização dos conhecimentos de caiçaras, camponeses, caboclos e índios, passa por uma revisão da própria comunidade científica em relação à imagem da ciência como a única que detém o poder de indicar os caminhos da conservação. Além disso, os cientistas estão buscando construir um novo cenário teórico e metodológico que possa compreender as comunidades locais o mais próximo possível da lógica delas. Para essas comunidades a natureza é o lugar onde vivem, herdado dos antepassados e sujeito a transformações decorrentes de ações humanas e sobrenaturais, visão que não está baseada na dualidade cultura-natureza que influenciou várias linhas de pensamento conservacionistas.

O diálogo entre o conhecimento científico e o conhecimento dos povos tradicionais aparece como um elemento essencial para a produção de novos conhecimentos e transformação das práticas científicas e políticas de conservação. Porém, como ressaltam muitos especialistas, ao contrário do que pensam alguns conservacionistas, trata-se muito mais de administrar visões e interesses humanos, muitas vezes opostos, do que manejar processos naturais.

O diálogo entre conhecimentos pressupõe diálogo entre seres humanos, e o reconhecimento de que estas comunidades tradicionais apresentam peculiaridades em sua forma de ver o mundo e manifestá-lo na linguagem. A personificação da natureza, ou seja, a atribuição de características ditas humanas a elementos como o mar, vento, plantas faz parte da forma como muitas comunidades sentem e conhecem a natureza e interferem no seu relacionamento com o meio natural.

Nesse contexto, no Brasil, são importantes os conhecimentos tradicionais dos povos que vivem na região do Cerrado. Estão reunidos a seguir alguns exemplo de conhecimentos da medicina tradicional do Cerrado (*):

– Perobinha-do-cerrado – Acosmium dasycarpum (Vog.) Yakov – Fabaceae.
Uso: o chá das folhas é usado como diurético
– Catuaba ou cataúba – Anemopaegma arvense (Vell.) Stell. – Bignoniaceae
Uso: folhas e raízes usadas para aumentar a potência sexual.
– Carqueja, carqueja-folhuda, charruinha – Bacharus trimera (Less.)A.DC. – Asteraceae.
Uso: planta usada como febrífugo e diurético.
– Mamacadela, cerinha – Brosimum gaudichaudii Tréc. – Moraceae
Uso: as raízes fervidas e espremidas são empregadas no combate ao vitiligo.
– Pequizeiro, piqui, pequi-do-cerrado – Caryocar brasiliensis CAmb – Caryocaraceae
Uso: a polpa branca do fruto é usada no combate a gripe e resfriado.
– Espelina-falsa, vagina-do -campo – Clitoria guianensis Benth – Fabaceae
Uso: o chá das raízes e sementes da planta é usado nas cistites e uterites.
– Alcanforreira, pé-de-perdiz, erva-mular, erva-curraleira – Croton antisyphiliticus Mart. – Euphorbiaceae
Uso: o chá das folhas é usado no combate ás doenças venéreas, erupções na pele, úlceras.
– Mangaba – Hancornia speciosa Gómez – Apocynaceae
Uso: a infusão de cascas, em forma de banhos, é usada no combate de dermatoses.
– Capim-gordura, capim-meloso, capim-catingueiro, capim-melado, capim-gordo –
Melinis minutiflora Beauv. – Poaceae
Uso: o chá das raízes e sementes é empregado como diurético e antidiarréico
– Casca-amarela, quineira-branca, quina-do-campo – Strychnos pseudoquina St. Hil. – Loganiaceae
Uso: o chá da casca do caule é usado como antifebrífugo e antimalárico.

Diversidade biológica é a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte. Compreende, ainda, a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas.

A Biodiversidade é uma das propriedades fundamentais da natureza, responsável pelo equilíbrio e estabilidade dos ecossistemas, e fonte de imenso potencial de uso econômico. A biodiversidade é a base das atividades agrícolas, pecuárias, pesqueiras e florestais e, também, a base para a estratégica indústria da biotecnologia.

Luiz Ramos©

Foto: ramosforest©

(*) Fonte: Plantas Medicinais – Josafá Carlos de Siqueira, SJ – Ed. Loyola – São Paulo – 1988.

outubro 2, 2008 Posted by | biodiversidade, biodiversity, ervas medicinais, herbs, tradição | 11 Comentários

DIA DA TERRA

DIA DA TERRA – Blogagem Coletiva.

Todo dia é dia da Terra.


Área de restinga com plantas e floração


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Earth Day is all day.

Biologic diversity has ecologic, genetic, social, economic, cientific, educational, cultural, leisure and esthetic value.

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Biodiversidade

Diversidade biológica é a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte. Compreende, ainda, a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas. Diversidade biológica ou biodiversidade refere-se à variedade de vida no planeta Terra, incluindo: a variedade genética dentro das populações e espécies, a variedade de espécies da flora, da fauna e de microrganismos, a variedade de funções ecológicas desempenhadas pelos organismos nos ecossistemas; a variedade de comunidades, abetas e ecossistemas formados pelos organismos.

A abrangência do termo Biodiversidade compreende: número (riqueza) de diferentes categorias biológicas quanto à abundância relativa (equitabilidade) dessas categorias; e inclui variabilidade ao nível local (alfa diversidade), complementaridade biológica entre habitats (beta diversidade) e variabilidade entre paisagens (gama diversidade). A Biodiversidade inclui, assim, a totalidade dos recursos vivos, ou biológicos, e dos recursos genéticos, e seus componentes. E não inclui o ser humano.

Terreno arenoso de restinga com formigueiro (Ants)

Biodiversidade – propriedade da natureza

A Biodiversidade é uma das propriedades fundamentais da natureza, responsável pelo equilíbrio e estabilidade dos ecossistemas, e fonte de imenso potencial de uso econômico. A biodiversidade é a base das atividades agrícolas, pecuárias, pesqueiras e florestais e, também, a base para a estratégica indústria da biotecnologia.

As funções da Biodiversidade

As funções ecológicas desempenhadas pela biodiversidade são ainda pouco compreendidas, muito embora se considere que ela seja responsável pelos processos naturais e produtos fornecidos pelos ecossistemas e espécies que sustentam outras formas de vida e modificam a biosfera, tornando-a apropriada e segura para a vida.

Os valores da Biodiversidade

A diversidade biológica possui, além de seu valor intrínseco, valor ecológico, genético, social, econômico, científico, educacional, cultural, recreativo e estético. Com tamanha importância, é preciso evitar a perda da biodiversidade.

Causas dos Impactos sobre a Biodiversidade

A comunidade científica internacional, os governos e organizações não-governamentais ambientalistas reconhecem a ocorrência de perda da diversidade biológica em todo o mundo e, em especial, nas regiões tropicais. A degradação biótica que afeta o planeta de modo cada vez mais acelerado tem suas causas principais nas atividades humanas contemporâneas, agravada pelo crescimento explosivo da população humana e pela distribuição desigual da riqueza. A perda da diversidade biológica envolve aspectos sociais, econômicos, culturais e científicos.

A intervenção humana em habitats que eram estáveis tem aumentado significativamente, gerando perdas maiores de biodiversidade. Biomas estão sendo ocupados, em diferentes escalas e velocidades, enquanto extensas áreas de vegetação nativa foram devastadas em várias partes do planeta. Para que se desenvolva uma forma de manejo equilibrado, entre conservação e utilização sustentável da diversidade biológica, faz-se necessário o levantamento do inventário dos estoques dos vários habitats naturais e dos modificados existentes nessas regiões, considerando-se o modo de vida das populações locais.

Área de transição entre restinga e Mata Atlântica

As causas acima enumeradas dão origem aos principais processos responsáveis pela perda da biodiversidade: perda de habitat ou sua fragmentação; introdução de espécies exóticas e suas doenças; exploração excessiva de espécies de plantas e animais; uso de híbridos e monoculturas na agroindústria; programas de reflorestamento mal planejados e mal executados; contaminação do solo, água, e atmosfera por poluentes; e alterações do clima.

As causas de perda de biodiversidade, a mudança do clima e o funcionamento dos ecossistemas estão interligadas e já são motivo de estudos sobre a conservação da diversidade biológica, que se apresenta como uma das propriedades fundamentais da natureza, responsável pelo equilíbrio e estabilidade dos ecossistemas. Ademais, a diversidade biológica representa um imenso potencial de uso econômico, em especial pela biotecnologia. E, sem dúvida, a diversidade biológica está se deteriorando, inclusive com aumento da taxa de extinção de espécies, devido ao impacto das atividades antrópicas mal planejadas.

O Princípio da Precaução, aprovado na Declaração do Rio durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento – CNUMAD – RIO 92, estabelece que se deve agir de imediato e de forma preventiva, e não permanecer omisso, aguardando a concretização das previsões para tomar medidas mitigadoras dispendiosas e de eficácia duvidosa.

Luiz Ramos

Foto: ramosforest ©

abril 21, 2008 Posted by | "meio ambiente", biodiversidade, prevenção, riscos | 22 Comentários